A vereadora Marta Rodrigues (PT) criticou, esta semana, a tentativa da Prefeitura de Salvador de vender 30 terrenos da capital baiana, abrindo uma nova rodada de leilões às vésperas do Carnaval. “Aproveitou que o povo está com as atenções voltadas para a maior festa do planeta para vender a cidade. Mais uma vez, sem debate na Câmara e sem participação popular, a Sefaz disponibilizou 30 imóveis em várias localidades da cidade a preços exorbitantes, um deles chegando a R$19,1 milhões, ao lado do Circo Picolino”, disse Marta.

Segundo a vereadora, a venda de áreas verdes ocorre sem a aprovação da Câmara, descumprindo requisitos legais e sem garantir retorno social. “Não existem estudos que justifiquem a desafetação dos terrenos, que atinge áreas verdes, espaços destinados a postos de saúde e escolas. Ainda assim, o prefeito quer vendê-los sem nenhum critério favorável à população. Não há transparência sobre o destino dessas áreas, mas sabemos que é para atender a iniciativa privada, infelizmente”, declarou.

Para a petista, a prefeitura também desrespeita a legislação que estabelece prioridade para o uso dessas áreas na construção de equipamentos públicos, como escolas, creches e unidades de saúde. Marta afirma que a situação desta vez é ainda mais grave. “Enquanto o folião pula o Carnaval na Barra, o prefeito está vendendo um terreno de 3.160 metros quadrados na orla do bairro, entre o Cristo e o Clube Espanhol.”

A vereadora questiona a finalidade da arrecadação com os leilões: “A prefeitura quer arrecadar para qual objetivo? E, se arrecadar, quais são os projetos e ações previstos para receber esses recursos? Assim como desafetou aleatoriamente, parece querer vender às pressas sem seguir critérios legais”, criticou.