Marta critica postura da prefeitura diante da greve dos professores

A vereadora cobra maior compromisso da gestão com a educação

Marta critica postura da prefeitura diante da greve dos professores

Foto: Reginaldo Ipê

21/05/2025 - 11:17

A vereadora Marta Rodrigues (PT) denunciou, nesta terça-feira (20), que o prefeito Bruno Reis tem adotado práticas autoritárias contra os professores da rede municipal de Salvador, ao ameaçar cortar salários dos grevistas e tentar criminalizar “uma greve legal e legítima”. Para a parlamentar, a postura da gestão representa um ataque direto ao direito constitucional de greve e à organização dos trabalhadores.

“Isso não é gestão. É uma tentativa de silenciar, à força, uma categoria que luta por seus direitos, utilizando a estrutura do poder público para perseguir educadores. Bruno Reis se recusa a cumprir a lei, alega ‘falta de recursos’ sem justificativa e trata o pleito dos professores como se fosse um capricho, quando, na verdade, é uma luta por dignidade”, afirmou Marta.

Segundo a vereadora, a greve, que já dura 15 dias, é resultado da falta de diálogo da prefeitura com a categoria. “Mesmo com aumentos sucessivos no repasse de verbas para a educação, inclusive via Fundeb (Lei nº 14.113/2020), o município acumula uma defasagem salarial de 58% por descumprir, há mais de uma década, a Lei Federal nº 11.738, que institui o Piso Salarial Profissional Nacional para os profissionais do magistério público da educação básica”, ressaltou.

Entre as reivindicações não atendidas estão: o reajuste de 6,27%, retroativo a janeiro; o cumprimento de um terço da jornada para atividades extraclasse; o pagamento de licenças-prêmio e pecuniárias; e a reestruturação do plano de carreira.

“A greve não é o problema. É a resposta ao descaso. A gestão municipal insiste em virar as costas para quem sustenta a escola pública com trabalho e resistência”, reforçou a vereadora.

Críticas à rede municipal

Marta também criticou as condições da rede municipal de ensino e se somou às denúncias da APLB sobre a situação estrutural de mais de 400 escolas, que enfrentam problemas como salas sem ventilação, infiltrações, telhados comprometidos, banheiros quebrados, falta de merenda e ausência de recursos pedagógicos. “Há escolas sem professores suficientes porque a prefeitura se recusa a realizar concurso público. O que está em curso é um colapso provocado pela própria gestão”, afirmou.

A parlamentar ainda chamou atenção para o desmonte de políticas públicas essenciais, como a Educação de Jovens e Adultos (EJA), que vem sendo negligenciada pela atual administração. “O ataque à EJA é mais uma expressão do projeto de precarização da educação. Trata-se de uma política deliberada de exclusão, que trata a educação como gasto, e não como investimento social”, concluiu.
 


Fonte da notícia: Assessoria da vereadora

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