Dos ombros dos vereadores Cezar Leite (PSDB), Joceval Rodrigues (PPS), Leo Prates (DEM) e Téo Senna (PHS) o padroeiro de Salvador, São Francisco Xavier, seguiu em procissão do Salão Nobre da Câmara Municipal para a Igreja de São Pedro dos Clérigos, no Largo Terreiro de Jesus, no Pelourinho.

Fiéis católicos, funcionários da Câmara de Salvador, turistas e curiosos acompanharam a procissão. Na Igreja de São Pedro, já com a presença do vereador Kiki Bispo (PTB), a missa solene foi presidida pelo arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger. A festa religiosa, que completa 331 anos, contou com apresentação do Coral da Câmara e do Coral Novos Campos, presididos pelo maestro Carlos Veiga.
Presidente da Câmara Municipal, Leo Prates, além de carregar o santo, foi o responsável pela leitura do “Ato dos Apóstolos”. O chefe do Legislativo destacou “a tradição e a fé nos festejos de São Francisco Xavier”.

Manifestações

Não faltaram manifestações de fé e devoção ao padroeiro da primeira capital do Brasil. Católicos, em sua maioria formada por idosos, acompanharam de perto a procissão e a missa.
Na Igreja de São Pedro dos Clérigos, alguns idosos com dificuldades de locomoção fizeram questão de ficar de joelhos em reverência ao padroeiro.
Funcionária aposentada da Câmara Municipal de Salvador, Nair Gomes da Silva, devota do padroeiro da cidade, comemora o aniversário nos festejos de São Francisco Xavier. “Desde o primeiro dia da minha vida, tenho amor por esse santo. Todos os anos estou aqui, louvando e agradecendo”, contou.

Tradição

São Francisco Xavier foi instituído padroeiro da capital baiana em 10 de maio de 1686, a partir da proteção que os jesuítas e o povo invocaram sobre a cidade, após duas devastadoras epidemias. Desde então, em Salvador, o santo é celebrado no mês de maio.
Nascido no castelo de Xavier, na Espanha, em 7 de abril de 1506, Francisco tinha um temperamento forte e impetuoso. Aos 14 anos, foi enviado por sua mãe a Paris, onde aprimorou os estudos de filosofia, humanidades e literatura no Colégio Santa Bárbara, dirigido pelo português Diogo Gouveia.

Após concluir os estudos, tornou-se professor de filosofia do Colégio de Beauvais. Foi nesta época que Francisco conheceu Inácio de Loyola, que vislumbrava propagar o evangelho. Após ser convencido pelo amigo Inácio, Francisco ajudou a fundar a Companhia de Jesus (Jesuítas) e passou a trabalhar como missionário em vários países, entre eles a Índia e o Japão, que necessitavam de evangelização. No dia 24 de junho de 1537 Francisco foi ordenado padre.